Translation of The Guardian Articles

Marco

Marco Silva

Ferramentas: DeepL, Wikipédia, Cambridge Dictionary e ProZ Enquadramento Teórico
A tradução de textos jornalísticos e opinativos insere-se num campo particularmente exigente, que ultrapassa a mera conversão linguística. Como defende Ferreira (2013), a tradução no meio jornalístico configura-se como um processo de reescrita (Lefevere, 1992), condicionado por normas editoriais, ideológicas e culturais próprias do sistema de chegada. Ao contrário da tradução literária, que muitas vezes privilegia a expressividade, a tradução jornalística exige clareza, concisão e eficácia comunicativa — elementos fundamentais para a rápida transmissão de informação a uma audiência de massas.
Na Tarefa 2, tratou-se da tradução de uma notícia publicada no The Guardian, o que implicou manter um registo informativo e neutro, respeitando a estrutura típica da escrita jornalística. A tradução teve de garantir a objetividade dos factos, mas também adaptar referências culturais e institucionais ao leitor de língua portuguesa. Neste tipo de tradução, o papel do tradutor é simultaneamente linguístico e editorial. Como aponta Ferreira (2013), a tradução no jornalismo é frequentemente invisível, mas profundamente interventiva, na medida em que cada escolha lexical ou sintática contribui para a construção da realidade noticiada.
Já na Tarefa 3, a complexidade aumentou pela natureza opinativa do texto. Neste caso, o objetivo principal foi preservar a intencionalidade argumentativa do autor, o historiador João Paulo Avelãs Nunes, garantindo que a tradução mantinha não só o conteúdo factual, mas também a densidade crítica e reflexiva do texto original. Ferreira (2013) sublinha que o tradutor deve assumir-se como um mediador cultural e ideológico, especialmente quando lida com textos marcados por opinião, análise e subjetividade.
Tanto no texto noticioso como no opinativo, a tradução exigiu um equilíbrio entre fidelidade ao conteúdo e adaptação às convenções discursivas do texto de chegada. Este processo implicou uma análise cuidada do género textual e das expectativas do público-alvo. De acordo com o modelo proposto por Lefevere (1992), adotado por Ferreira (2013), a tradução jornalística é uma forma de reescrita moldada por fatores como o mecenato (entidades editoriais), a poética (normas discursivas) e a ideologia dominante no contexto de chegada. A
tradução, assim, não é neutra: transporta consigo as escolhas do tradutor, que se ajusta ao seu público e ao momento histórico em que atua.
Por fim, estas tarefas revelaram a necessidade de uma abordagem crítica e consciente do papel do tradutor enquanto agente discursivo. As traduções não foram apenas um exercício técnico, mas um trabalho interpretativo onde cada decisão teve impacto na forma como a informação é recebida e compreendida. Esta prática confirmou que, na tradução jornalística e opinativa, o tradutor ocupa um lugar central, mesmo que muitas vezes invisível, na mediação da realidade contemporânea.
UK ministers consider ban on MPs engaging with pro-Palestine and climate protesters
Plans call for ‘zero-tolerance approach’ to groups such as
Palestine Solidarity Campaign and Just Stop Oil
The plans, put forward by the government’s adviser on political violence, John Woodcock, say mainstream political leaders should tell their representatives to employ a “zero-tolerance approach” to groups that use disruptive tactics or fail to stop “hate” on marches.
Rishi Sunak and James Cleverly, the home secretary, are due to discuss the proposals as part of a review conducted by Woodcock, the
former Labour MP who now sits as Lord Walney, a cross-bench peer.
The prime minister was condemned by human rights groups for
warning of “forces here at home trying to tear us apart” during a hastily
arranged address in Downing Street on Friday. On Wednesday, he was accused of exaggerating tensions at protests after he warned of “mob rule” in the UK.
In an article in the Sun on Sunday, Walney wrote: “My review on political violence is about to be formally submitted to the prime minister and the home secretary. In it, I am asking the leader of every mainstream political party to take a zero-tolerance approach to the menace that is threatening our democracy.
“So Rishi and Keir [Starmer] should instruct their MPs and councillors
not to engage with anyone from the PSC until they get their house in
order and cut the hate from their marches.”
The proposals are politically convenient for the government because, if accepted, they would put further pressure on the Labour leader over his party’s stance on pro-Palestine demonstrations.
Several sitting Labour MPs have attended PSC events – including the former shadow chancellor John McDonnell and the MP for Poplar and Limehouse, Apsana Begum. Labour has refused to suspend MPs who have attended events, despite demands from senior Tories, because PSC is not a proscribed organisation.
Tories have previously engaged in talks with Extinction Rebellion, including the levelling up secretary, Michael Gove, whose department is working on the definition of extremism as part of its brief. Ministers are looking at broadening the new definition to cover groups whose
actions “undermine” the UK’s institutions, as previously reported by the Observer.
While environment secretary in 2019, Gove met Extinction Rebellion and said afterwards he shared their “high ideals” to tackle the climate crisis.
Starmer is already under pressure to allow Labour representatives more freedom to condemn Israel’s actions in Gaza, after George Galloway’s emphatic byelection victory on Thursday in Rochdale, where 18% of the population is Muslim.
Many within Labour believe it points to anger felt by Muslims over the party’s position on Israel. A shadow frontbencher questioned whether the Labour leadership had gone far enough in dispelling false narratives on pro-Palestine marches.
“We talk about Rishi’s cowardice and how long it took him to come out and stop the messages of hate that have been spewing from the likes of Lee Anderson and Suella Braverman,” they told the Guardian.
“But what’s the difference between what Labour has said and what the Tories have said on these protests? We can’t allow pro-Palestinian protesters to be dehumanised as a Labour party.”
Another shadow frontbencher said: “The anger we have seen is about the extreme asymmetry of this war. A totally dominant force against a relatively under armed opponent.
“People are disgusted by the October attacks but my frustration is that for years, we, Labour, haven’t given the situation in Gaza the attention it deserved. The leadership needs to fix this ASAP.”
Asked if Walney was right and that MPs should cut ties with the group, Bridget Phillipson, the shadow education secretary, told the BBC’s Laura Kuenssberg that MPs needed to take care with regard to their associations with individuals or organisations.
“But I do think it is important to stress that the right to protest is an important fundamental right in our democracy,” she said. “That does mean that people will take part in marches or protests where
politicians might not agree. But that is part of our democracy and that
is really precious.”
A Home Office spokesperson said: “We are considering the report’s recommendations extremely carefully and will respond in due course.”
A poll from More in Common commissioned by the Together Coalition found that a significant minority of the public hold anti-Muslim sentiments after a week of anti-Muslim comments by senior politicians dominated headlines.
The research found that 21% of Britons held negative views about Muslims, higher than any other ethnic group apart from Travellers.
The survey found that 9% of Britons had negative attitudes towards Jews, 8% towards Black African/Caribbean people and 7% towards Christians.
A clear majority of 59% of those polled felt it was possible to be British and Muslim. However, 27% said they would be uncomfortable with a loved one planning to marry a Muslim, and 42% believed British Muslims were more likely to be loyal to Muslim countries than to Britain.
Brendan Cox, co-founder of the Together Coalition, said: “While there’s a lot to worry about in this poll, the positive news is that prejudice towards any of the identity groups we tested was not held by a majority of the public.”

A invasão da Ucrânia: Uma perspetiva histórica

Perante a invasão da Ucrânia, a generalidade dos países do Mundo com regimes democráticos declarou-se não beligerante, isto é, apoia a democracia ucraniana e compromete-se a tentar conter a ditadura russa. Opinião do historiador João Paulo Avelãs Nunes
Desencadeando o mais brutal processo de violência militar ocorrido na Europa desde o final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), Vladimir Putin e os regimes ditatoriais vigentes na Federação Russa e na Bielorrússia acabaram por invadir e por estar a tentar conquistar a Ucrânia. Trata-se de uma agressão que, por um lado, não decorreu de qualquer iniciativa ilegítima da responsabilidade do Estado ou da sociedade civil ucranianos; que, por outro lado, opõe uma das duas maiores potências militares do Mundo — armas nucleares incluídas — a um país de média dimensão. Arbítrio político- ideológico e geoestratégico, morte e sofrimento, destruições e refugiados em tão larga escala não se verificam no nosso sub-Continente desde a derrota de Adolf Hitler e da ditadura vigente na Alemanha entre 1933 e 1945.
Face ao carácter ditatorial (autoritário ou, talvez melhor, totalitário de novo tipo) das soluções políticas implantadas na Federação Russa e na Bielorrússia, dificilmente se conhecerá de que forma a invasão da Ucrânia e as respectivas sequelas — directas e
indirectas, imediatas e de médio/longo prazos — vão sendo encaradas pelas elites, pelas populações e pelas Forças Armadas daqueles dois Estados. Difícil, mas não impossível, será, ainda, que as sociedades civis russa e bielorrussa se oponham massivamente à guerra ou que consigam, no curto prazo, provocar a substituição das ditaduras em causa por regimes democráticos.
O colapso do Bloco Comunista e a desagregação da URSS, a quase universalização do capitalismo e a perda de influência das ideologias neo-estalinistas resultaram, pois, nestes dois (e em outros) países, quer na hegemonia de concepções ultranacionalistas e unilateralistas, chauvinistas e imperialistas, quer na consolidação de ditaduras lideradas por elites muitas vezes corruptas e nepóticas. O contraste entre os resultados económicos e sociais, diplomáticos e geoestratégicos obtidos pela República Popular da China — também governada por uma ditadura pós-comunista — e o menor sucesso da Federação Russa pode, igualmente, ter contribuído para o desencadear ou para o antecipar da presente escalada militarista e irredentista.
A resiliência que a Ucrânia (o sistema político e o aparelho de Estado, a sociedade civil e a população em geral, a diáspora ucraniana) tem demonstrado, confrontada com a agressão militar perpetrada pelos Governos da Federação Russa e da Bielorrússia, suscita, por sua vez, o retomar de algumas propostas interpretativas menos consideradas nas últimas décadas. Em primeiro lugar, a noção de que os regimes democráticos podem ser mais eficazes — para além de mais equitativos — no âmbito de uma guerra do que as ditaduras. Em segundo lugar, a verificação de que, face a objectivos agregadores como a defesa de um país, da democracia e do desenvolvimento, é possível a atenuação ou a superação de prévias clivagens étnicas e/ou religiosas.
Tendo em conta tanto a legitimidade das concepções e dos interesses actualmente assumidos pelos ucranianos como o risco de as elites que se apropriaram do poder político na Federação Russa estarem a tentar concretizar uma estratégia mais ampla de confrontação e de expansionismo, relativamente à invasão da Ucrânia a generalidade dos países do Mundo com regimes democráticos optou por assumir uma postura de não beligerância. Lembro que o recurso à categoria de não beligerância significa que, sem entrar no conflito devido à ameaça de retaliação nuclear, aqueles Estados apoiam a democracia ucraniana e comprometem-se a tentar conter a ditadura que domina a Federação Russa.
Falta, no entanto, saber se os bens e os serviços disponibilizados à Ucrânia são suficientes para evitar uma escala dramática de mortos e de feridos, de refugiados e de destruições; para impedir a ocupação militar daquele país e o derrube do respectivo figurino político democrático. Uma outra incógnita terá a ver com o risco de os EUA voltarem, num futuro próximo, a ter uma Administração populista autoritária semelhante à que, entre 2017 e 2021, foi protagonizada por Donald Trump. Perante este panorama, será ainda mais difícil contextualizar o posicionamento das individualidades e das organizações que defendem que, presentemente, a União Europeia, os EUA e a Organização do Tratado do Atlântico Norte são tão ou mais negativos e ameaçadores do que as ditaduras existentes na Federação Russa e na Bielorrússia.
Em termos de médio prazo, haverá vantagens em considerar comparativamente as implicações das diferentes formas como o sistema de relações internacionais foi reconfigurado para reagir ao fim da Primeira Grande Guerra (1918), da Segunda Guerra
Mundial e do Holocausto (1945) e da Guerra Fria (1991). Os Estados onde predominam horizontes políticos como o aprofundamento da democracia e a promoção de desenvolvimento integrado/sustentável ganhariam, assim, em cooperar no apoio sistemático a iniciativas e a processos de transição de ditaduras para democracias; de atenuação e de resolução de situações de privação grave e reiterada de direitos fundamentais como as que afectam, entre outros povos, os Palestinianos e os Curdos.
A defesa de um sistema de relações internacionais multipolar e baseado no multilateralismo seria, pois, acompanhado pelo reforço da centralidade das Organizações Internacionais e pela concretização de mais processos de integração subcontinental de cariz democrático e multilateral; pela redução dos níveis de subdesenvolvimento e de desigualdade social através da reintrodução da hegemonia de políticas socioeconómicas fundadas nas propostas das correntes de pensamento económico keynesiana e estruturalista (pressupondo a adopção dos modelos teóricos de “Estado-Providência” e de globalização negociada); pela governação da inevitável multiculturalidade das sociedades humanas a partir da recusa do racismo e dos integrismos identitários, do ultranacionalismo e da xenofobia.
Ministros britânicos ponderam proibir deputados de se envolverem com manifestantes pró-Palestina e pelo clima.
Os planos apelam a uma “abordagem de tolerância zero” em relação a grupos como a Palestine Solidarity Campaign e a Just Stop Oil.
Os ministros estão a considerar propostas para restringir deputados e vereadores de se envolverem com grupos como a Campanha de Solidariedade com a Palestina (PSC), a Extinction Rebellion e a Just Stop Oil.
Os planos, apresentados pelos conselheiros do governo para a violência política, John Woodcock, afirmam que os líderes políticos mais importantes devem dizer aos seus representantes para adoptarem uma “abordagem de tolerância zero” em relação aos grupos que utilizam tácticas de perturbação ou que parem o “ódio” nas marchas.
Rishi Sunak e James Cleverly, ministro do interior, estão para discutir as propostas como parte de uma revisão instruída por Woodcock, antigo ministro do trabalho que atualmente é Lord Walney, um membro da bancada cruzada. O primeiro-ministro foi condenado por grupos de defesa dos direitos humanos por ter alertado para a existência de “forças internas que tentam
separar-nos”, durante um breve discurso em Downing Street, na sexta-feira. Na quarta-feira, foi acusado de intensificar o clima de tensão durante os protestos, depois de ter alertado para a existência de uma “oclocracia” no Reino Unido.
Em um artigo publicado no jornal “The Sun on Sunday”, Walney escreveu: “A minha análise da violência política está prestes a ser formalmente apresentada ao primeiro-ministro e ao ministro do Interior. Nela, peço aos líderes de todos os principais partidos políticos que adoptem uma abordagem de tolerância zero em relação à ameaça que está a apavorar a nossa democracia.”
“Por isso, Rishi e Keir [Starmer] devem instruir os seus deputados e vereadores a não se relacionarem com ninguém do PSC até que eles “ponham a casa em ordem” e acabem com o ódio nas suas marchas.”
As propostas são politicamente convenientes para o governo, isto porque, se aceitadas, colocaram uma pressão acrescida no ministro do trabalho sobre a posição do seu partido sobre os protestos Pro-Palestina.
Diversos deputados trabalhistas participaram em eventos do PSC – incluindo o antigo ministro das finanças da oposição John McDonell e a deputada de Poplar e Limehouse, Apsana Begum. O Partido Trabalhista recusou-se a suspender os deputados que participaram em eventos, apesar das exigências dos Conservadores, porque o PSC não é uma organização proibida.
Os conservadores já tinham entrado em conversações com a Extinction Rebellion, incluindo o secretário para o nivelamento, Michael Gove, cujo departamento está a trabalhar na definição de extremismo como parte do seu mandato. Os ministros estão a ponderar alargar a nova definição de modo a abranger grupos cujas acções “minam” as instituições do Reino Unido, como noticiado anteriormente pelo Observer. Enquanto secretário do ambiente em 2019, Gove encontrou-se com a Extinction Rebellion e disse depois que partilhava os seus “ideais elevados” para enfrentar a crise climática.
Starmer já está sob pressão para permitir que os representantes do Partido Trabalhista tenham mais liberdade para condenar as ações de Israel em Gaza, após a vitória esmagadora de George Galloway na eleição intercalares de quinta-feira em Rochdale, onde 18% da população é muçulmana.
Muitos dentro do Partido Trabalhista acreditam que isso reflete a indignação sentida pelos muçulmanos em relação à posição do partido sobre Israel. Um membro porta-voz da oposição
questionou se a liderança trabalhista fez o suficiente para desmentir narrativas falsas sobre as marchas pró-Palestina.
“Falamos sobre a cobardia de Rishi e sobre o tempo que demorou a pronunciar-se e a travar as mensagens de ódio que têm sido propagadas por pessoas como Lee Anderson e Suella Braverman”, disseram ao Guardian.
“Mas qual é a diferença entre o que o Partido Trabalhista disse e o que os Conservadores disseram sobre estes protestos? Enquanto partido Trabalhista, não podemos permitir que os manifestantes pró-Palestina sejam desumanizados.”
Outro porta-voz da oposição disse: “A indignação que temos visto deve-se à assimetria extrema desta guerra. Uma força totalmente dominante contra um adversário relativamente mal- armado.”
“As pessoas estão revoltadas com os ataques de outubro, mas a minha frustração é que, durante anos, nós, no Partido Trabalhista, não demos a Gaza a atenção que ela merecia. A liderança precisa de corrigir isto o mais rápido possível.”
Quando questionada se Walney tinha razão e se os deputados deveriam cortar laços com o grupo, Bridget Phillipson, a ministra da educação na oposição, disse a Laura Kuenssberg, da BBC, que os deputados devem ter cuidado em relação às suas associações com indivíduos ou organizações.
“Mas eu acho que é importante salientar que o direito de protestar é um direito fundamental importante na nossa democracia,” disse ela. “Isso significa que as pessoas irão participar em manifestações ou protestos nos quais os políticos podem não concordar. Mas isso faz parte da nossa democracia e isso é realmente precioso.”
Um porta-voz do ministério do interior disse: “Estamos a considerar as recomendações do relatório com extrema atenção e responderemos em devido tempo.”
Uma sondagem da More in Common, encomendada pela Together Coalition, revelou que uma minoria significativa do público tem sentimentos anti-muçulmanos, depois de uma semana em que os comentários anti-muçulmanos de políticos de topo dominaram as manchetes dos jornais.
A investigação revelou que 21% dos britânicos têm opiniões negativas sobre os muçulmanos, mais do que qualquer outro grupo étnico, exceto os viajantes.
O inquérito revelou que 9% dos britânicos tinham atitudes negativas em relação aos judeus, 8% em relação aos negros africanos/caribenhos e 7% em relação aos cristãos.
Uma clara maioria de 59% dos inquiridos considera que é possível ser britânico e muçulmano. No entanto, 27% afirmaram que se sentiriam desconfortáveis se um ente querido planeasse casar com um muçulmano e 42% acreditavam que os muçulmanos britânicos eram mais propensos a ser leais aos países muçulmanos do que à Grã-Bretanha.
Brendan Cox, cofundador da Together Coalition, afirmou: “Embora haja muito com que nos preocuparmos nesta sondagem, a notícia positiva é que o preconceito em relação a qualquer dos grupos identitários que testámos não é partilhado pela maioria do público”.
Given the invasion of Ukraine, the majority of countries in the world with democratic regimes have declared themselves non-belligerent, that is, they support Ukrainian democracy and are committed to trying to contain the Russian dictatorship. Opinion of historian João Paulo Avelãs Nunes.
Triggering the most brutal process of military violence in Europe since the end of World War II (1939-1945), Vladimir Putin and the dictatorial regimes in the Russian Federation and Belarus ended up invading and attempting to conquer Ukraine. This is an aggression which, on the one hand, was not the result of any illegitimate initiative on the part of the Ukrainian state or civil society; which, on the other hand, pits one of the two biggest military powers in the world - nuclear weapons included - against a medium-sized country. Political-ideological and geostrategic arbitrariness, death and suffering, destruction and refugees on such a large scale have not been seen on our sub-continent since the defeat of Adolf Hitler and the dictatorship in Germany between 1933 and 1945.
Given the dictatorial nature (authoritarian or, perhaps better, totalitarian of a new kind) of the political solutions implemented in the Russian Federation and Belarus, it's hard to know how the invasion of Ukraine and its aftermath will play out, direct and indirect, immediate and medium/long-term, are being viewed by the elites, the populations, and the Armed Forces of those two states. It will be difficult, but not impossible, that the Russian and Belarusian civil societies will massively oppose the war or that they will be able, in the short term, to bring about the replacement of the dictatorships in question with democratic regimes.
The collapse of the Communist Bloc and the disintegration of the USSR, the near universalisation of capitalism, and the loss of influence of neo-Stalinist ideologies resulted, therefore, in these two (and other) countries, both in the hegemony of ultranationalist and unilateralist, chauvinist and imperialist conceptions, and in the consolidation of dictatorships led by elites often corrupt and nepotistic. The contrast between the economic and social results, diplomatic and geostrategic obtained by the People's Republic of China, also governed by a post-communist dictatorship, and the less success for the Russian Federation may also have contributed to triggering or anticipating the current militaristic and irredentisc escalation.
The resilience that Ukraine (the political system and the state apparatus, civil society and the population in general, the Ukrainian diaspora) has shown, confronted with the military aggression perpetrated by the governments of the Russian Federation and Belarus, in turn prompts a return to some interpretative proposals that have been less considered in recent decades. Firstly, the notion that the democratic regimes can be more effective - in addition to being more equitable – in the context of a war than dictatorships. Secondly, the verification that, in the face of aggregating objectives such as the defence of a country, democracy and development, it is possible to attenuate or overcome previous ethnic and/or religious divides.
Taking into account both the legitimacy of the concepts and interests currently upheld by Ukrainians, as well as the risk that the elites who have seized political power in the Russian Federation may be attempting to implement a broader strategy of confrontation and expansionism, regarding the invasion of Ukraine, the majority of countries in the world with democratic regimes have chosen to adopt a position of non-belligerence. I remind you that invoking the category of non-belligerence means that, without directly entering the conflict due to the threat of nuclear retaliation, those states support Ukrainian democracy and are committed to trying to contain the dictatorship that dominates the Russian Federation.
However, it remains to be seen whether the goods and services made available to Ukraine are sufficient to prevent a dramatic escalation in deaths and injuries, refugees, and destruction; to stop the military occupation of that country and the overthrow of its democratic political framework. Another uncertainty concerns the risk of the U.S. once again having, in the near future, a populist authoritarian administration similar to the one led by Donald Trump between 2017 and 2021. Given this scenario, it will be even more difficult to contextualize the stance of individuals and organizations that argue that, at present, the European Union, the U.S., and the North Atlantic Treaty Organization are as negative and threatening as, or even more so than, the dictatorships in the Russian Federation and Belarus.
In the medium term, it would be beneficial to comparatively consider the implications of the different ways in which the international relations system was reconfigured to respond to the end of the First World War (1918), the Second World War and the Holocaust (1945), and the Cold War (1991). States where political priorities include deepening democracy and promoting integrated/sustainable development would, therefore, benefit from cooperating in the systematic support of initiatives and processes aimed at transitioning from dictatorships to democracies; as well as in mitigating and resolving situations of severe and repeated deprivation of fundamental rights, such as those affecting, among other peoples, the Palestinians and the Kurds.
The defense of a multipolar international relations system based on multilateralism would, therefore, be accompanied by strengthening the central role of International Organizations and advancing more subcontinental integration processes with a democratic and multilateral character; by reducing levels of underdevelopment and social inequality through the reintroduction of the hegemony of socioeconomic policies based on the proposals of Keynesianism and structuralist economic thought (assuming the adoption of theoretical models of the "Welfare State" and negotiated globalization); and by governing the inevitable multiculturalism of human societies through the rejection of racism and identity-based extremism, ultranationalism, and xenophobia.
Estas duas tarefas revelaram exigências diferentes no processo de tradução, consoante o género textual e a função comunicativa de cada texto. No caso da Tarefa 2, referente a um artigo No trabalho de tradução de um texto jornalístico, o processo iniciou-se com uma análise cuidada do documento, procurando identificar as principais ideias, estruturas e referências culturais. Tratando-se de um texto informativo, revelou-se essencial manter o tom neutro e a objetividade características do discurso jornalístico. No entanto, surgiram desafios relacionados com a tradução de expressões e cargos políticos específicos, para os quais não existe uma correspondência direta em português. Essas situações exigiram adaptações pontuais, sempre orientadas pela procura de soluções claras e adequadas ao contexto.
Em contraste, a Tarefa 3, centrada num texto de opinião, exigiu uma abordagem diferente. Neste caso, a tradução não se limitava à transmissão da informação, sendo igualmente necessário preservar a perspetiva ideológica do autor e a força argumentativa do discurso. A tarefa começou com uma leitura aprofundada, com o objetivo de compreender as ideias principais, o tom e os conceitos históricos e políticos envolvidos. Foi dada especial atenção à tradução de expressões como “Bloco Comunista”, cuja compreensão exigiu alguma pesquisa adicional. Foram utilizadas ferramentas como o DeepL e dicionários especializados como apoio, embora as decisões tradutórias tenham sido sempre orientadas pela intenção discursiva do autor e pelo compromisso com a sua visão crítica.
A comparação entre as duas tarefas permitiu compreender de forma mais clara as diferenças entre os géneros jornalístico e opinativo. O texto da Tarefa 2 apresenta uma linguagem objetiva e descritiva, centrada na exposição de factos e declarações. Esta neutralidade formal pode, contudo, ocultar uma certa passividade discursiva, uma vez que a ausência de enquadramento crítico pode contribuir para a normalização de determinadas posições políticas. Por outro lado, o texto da Tarefa 3 adota uma postura opinativa explícita, recorrendo a argumentos, comparações históricas e a uma leitura ideológica da realidade, o que implicou uma tradução mais atenta ao tom e ao posicionamento retórico do autor.
Estas duas experiências evidenciaram que o ato de traduzir ultrapassa largamente a simples conversão de palavras entre línguas. Traduzir é interpretar, adaptar e mediar diferentes formas de representar o mundo. Cada escolha efetuada, seja no uso de um sinónimo, na estruturação de uma frase ou na preservação de um determinado tom, tem um impacto direto na forma como o texto será recebido pelo leitor. Esta constatação reforça a ideia do tradutor como agente
discursivo, com responsabilidade não apenas pela clareza linguística, mas também pela fidelidade às intenções e ao contexto dos textos com que trabalha.
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Posted Jul 2, 2025

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