O que elas não sabiam é que a coleção de fotos da galeria de Goy era bastante volumosa. Dez anos antes, Betina, ex-aluna de Guarulhos, também tirou fotos semelhantes. Certa noite, Goy foi encontrado para acompanhá-lo até uma balada na Vila Olímpia, bairro boêmio de São Paulo. Pediu que levasse suas fotos e fosse com roupas sensuais. “Guria, quero você bem bunita! Vamos arrasar na balada”. Ao chegarem, Goy pediu que Betina o esperasse no início de entrada do local e se fosse um homem alto, forte, do tipo marombado, aparentando ter uns 50 anos. O barulho da música eletrônica, somado ao zumzumzum das pessoas conversando e a distância, a impediam de ouvir a conversa, mas o jovem teve a impressão clara de que falavam dela. O homem a examinava, olhando-a de cima para baixo, como se estivesse analisando o seu corpo. Ela deu, sem jeito, e aguardou. Em minutos poucos Goy voltou e eles foram embora. Betina estranhou, afinal, os dois cruzaram a cidade inteira, de madrugada, para ficarem lá apenas por 30 minutos. O professor justificou a situação dizendo sentir fortes dores que o impediriam de continuar a aventura madrugada a fora.