O Evangelho de Van Gogh é instintivo. Arrancou o sagrado coração e escondeu-o na caixa do Monópolio. O Evangelho de Van Gogh é intrigante. Transformou em batatas o pão da última ceia e travestiu os apóstolos em camponeses do Ródano. O Evangelho de Van Gogh é arrojado. Sentou bisnagas de cores na roda gigante de Bansky. O Evangelho de Van Gogh é subversivo. Licitou as cadeiras de Mabunda e restaurou-as num quarto em Arles.O evangelho de Van Gogh é vorazmente feminino. Veste em venús de Botticelli um fato Emporio Armani. O evangelho de Van Gogh vive às escuras numa neblosa pós-impressionista com a qual só podemos contactar como amantes de olhos fechados e lâmpadas nos dedos e na boca. As apóstolas de Van Gogh pedem perdão pelo inconveniente, but this is a revolution.